Novo sistema de combustão poderá fazer com que o carro só precise ser abastecido uma vez a cada 100 anos

05/01/2014 11:46

 

World Thorium Fuel Concept Car, da Cadillac.

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Imagine comprar um carro novo, cuja próxima parada para abastecer será em 2113. Segundo o jornal italiano Corriere della Sera, uma empresa do Connecticut, a Laser Power System, está desenvolvendo uma tecnologia que vai permitir encher o tanque do seu automóvel a cada cem anos.

De acordo com o Estadão, a empresa criou um sistema de propulsão alimentado pelo elemento químico tório (Th na tabela periódica). Abastecer o tanque com o oito gramas de tório produziria energia para 100 anos sem emissões nocivas ao meio ambiente. “Um grama de tório dispõe da mesma energia de 28 mil litros de gasolina”, explicou Charles Stevens, CEO da Laser Power System.

A ideia de colocar tório tanque adentro já vem de 2009, quando a Loren Kulesus apareceu com o protótipo World Thorium Fuel Concept Car, da Cadillac. Projeto semelhante hoje é desenvolvido pela Laser Power System, cujos motores de 250 quilos são perfeitamente adequados para instalação em carros. Mas todo esse potencial energético jamais poderia ficar restrito a veículos, é claro. A própria Laser Power System pretende levar a solução para domicílios, equipamentos militares e praticamente qualquer forma de transporte — no que se incluem veículos espaciais.

 

36294.52362-Carro-que-e-abastecido-a-cada-100-anosO tório, material radioativo, foi descoberto em 1828 pelo químico sueco Jons Jakob Berzelius, que lhe deu esse nome em homenagem ao deus nórdico Thor. Graças à elevada densidade, o mineral consegue produzir uma enorme quantidade de calor. A Laser Power System está testando um motor que utiliza pequenos blocos de tório aquecidos que produzem calor suficiente para alimentar um laser. O laser aquece a água e com o vapor produzido movimenta uma mini turbina. A turbina, por sua vez, gera a energia elétrica e com isso a propulsão. E os perigos da radioatividade aparentemente foram considerados na composição do projeto. “A radiação que se desenvolveria fora de uma dessas coisas pode ser facilmente isolada por uma única folha de alumínio”, disse o CEO da companhia, Dr. Charles Stevens. “Até mesmo um desses raios X dentais tem níveis mais altos e radiação”, ele conclui.

 

FONTE:Engenharia é: